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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

FUGINDO DE DEUS - REFLEXÃO SOBRE A HISTÓRIA DE JONAS


Texto Bíblico: Salmos 139: 7-12


Jonas pensou que poderia se esconder da face de Deus. Ele tinha uma missão especial, específica, particular. Deus incumbiu-o de pregar aos habitantes de Nínive para que estes se arrependessem das iniquidades que praticavam e conhecessem a sua grande misericórdia.

Mas Jonas fugiu. Numa sequência ascendente foi se distanciando da presença de Deus. “Desceu até Jope... (Jn. 1: 3); “...desceu até o porão do navio” (Jn. 1:5) e por fim “ao profundo abismo... “ (Jn. 2: 3; 2: 5).

Por que isto? Qual a razão desta queda vertiginosa na vida de Jonas? A resposta está no comportamento rebelde de Jonas desobedecendo a vontade de Deus. Assim procedendo, ele se esquiva, se opõe à vontade divina, foge da presença de Deus como fizeram Adão e Eva no Gênesis. Jonas cometeu o pecado da desobediência. Torna-se revel, insubmisso. Transforma-se então numa pessoa fria, apática, letárgica, indiferente à dor do mundo.

É vã a tentativa de esquivar-se de Deus. O salmista Davi já declarara a impossibilidade de tal empreendimento. É suficiente para provar este argumento, a leitura do Salmo 139: 7-14:
“Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol (ou profundo abismo) a minha cama, eis que ali estás também. Se tomar as asas da alva, se habitar as extremidades do mar. Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá. Se disser: De certo que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim. Nem ainda as trevas me escondem de ti, mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa”.

A semelhança do que ocorre nesta declaração de Davi e a história de Jonas é impressionante. O profeta atestou a veracidade do salmista enquanto encontrava-se no mais profundo abismo, num lugar inimaginável: no ventre do leviatã – um grande monstro marinho. A oração de Jonas no ventre do peixe demonstra a situação desesperadora em que ele se encontrava, mas, finalmente, a sua posição era de humilhação diante de Deus, quebrantamento e reconhecimento do seu pecado. E mais ainda, sua oração reconhece a onipresença de Deus. Jonas naquela triste situação assimilou a total impossibilidade de esconder-se de Deus e no seu arrependimento, confortou-se em saber que Deus é misericordioso e restaurador. Vejam o verso 7 do capítulo 2: “Quando desfalecia em mim a minha alma, eu me lembrei do Senhor; e entrou a ti a minha oração, no templo da tua santidade”. Por fim, o livramento provoca em Jonas um sentimento de gratidão a Deus e uma consequente confiança, uma esperança mesmo que tênue - Deus poderia proporcionar também a restauração física que realmente se concretiza no versículo 10.

Pense: “Eis que os caminhos do homem estão perante os olhos do Senhor, e ele pesa todas as suas veredas.” Pv. 5:21. Há alguma dúvida ainda sobre a onisciência e onipresença de Deus?

Reflita: Que possamos estar no centro da vontade de Deus. Oremos para que Ele nos conceda sabedoria e discernimento para reconhecermos a Sua vontade. Sl. 119:27: “Faze-me entender o caminho dos teus preceitos; assim falarei das tuas maravilhas”

“Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos
os que o invocam em verdade. Ele cumprirá o desejo dos
que o temem; ouvirá o seu clamor, e os salvará”. Sl. 145: 18-19

Marco Antônio R. da Cruz

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