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quarta-feira, 13 de abril de 2011

PONTES OU MUROS?


Texto Bíblico: Efésios 2:11-22

Minhas reflexões irão girar em torno de um tema que eu pesquisei na Internet. Achei muito interessante e resolvi desenvolver mais o tema. O texto integral do site está inserido no término da devocional.

Mas vamos ao tema.

É interessante a figura do muro. Quando o visualizamos, a primeira impressão que nos ocorre é que ele foi edificado para delimitar um terreno. Ele define uma propriedade, separa, causa isolamento, muitas vezes constrange, reflete o caráter “exclusivo” e não o “inclusivo”. Muros são construídos com a finalidade de gerar proteção e verificamos na atualidade que os mesmos tornam-se cada vez mais altos e intransponíveis. Consequentemente nos isolamos mais e mais, trancafiados em nossas residências e derrotados pelo medo.

O muro erguido na cidade de Berlim, causava vergonha, consternação. Construído após a 2ª Guerra Mundial dividiu a Alemanha a partir de Berlim e assim surgiram Alemanha Ocidental, controlada pelos países capitalistas, liderados pelos Estados Unidos e a Alemanha Oriental, controlada pelos países socialistas, tendo à frente a União Soviética. Um muro separou ideologias, políticas, demarcou a “Guerra Fria”, mas a mais cruel separação foi a de amigos, famílias e amores. Muito além da estrutura física, ergueu-se um muro social que manteve-se inabalável durante vinte e oito anos (1961 a 1989), representando em todo este tempo a inimizade, o medo, a intolerância, o preconceito e outras coisas lamentáveis.

Finalmente em 1989, cai o muro de Berlim. Renovam-se as esperanças com a derrocada do regime comunista, desgastado pelo longo período de atividade (desde 1917). Esperávamos a afirmação da tolerância, da amizade, mas o que vemos atualmente? Os muros continuam por aí. São vistos no Oriente Médio, separando judeus e palestinos e até nos Estados Unidos, separando americanos e mexicanos. Os muros persistem porque primeiramente são erguidos no coração humano. São a materialização do preconceito, da inimizade, da desconfiança, ódio racial, intolerância religiosa e outros venenos.

Vejamos o outro elemento da reflexão. Pontes ligam, unem, vencem a separação, vinculam margens, eliminam abismos, aproximam, incluem. O Brasil construiu uma ponte em parceria com o Paraguai, e batizou-a de “Ponte da Amizade”. Se recuarmos um pouco no tempo, iremos recordar que Brasil e Paraguai se enfrentaram numa guerra sangrenta, conflito que causou enormes prejuízos para os dois países. A ponte representou o fim da inimizade, o restabelecimento da paz e do entendimento que perdura até hoje. Que exemplo importante para o mundo.

O texto bíblico de Efésios apresenta a mesma problemática. O nascimento da Igreja foi conturbado. Paulo registra o confronto entre judeus e gentios. Um imenso muro inimizade, intolerância e ódio racial mostrava-se ameaçador. Os judeus consideravam-se privilegiados no recebimento do Evangelho. Este não poderia ser pregado aos gentios. Imaginem o debate intenso, a discórdia, as facções, muros e mais muros.

Paulo, com enorme sabedoria e inspiração divina intervém e apresenta em oposição aos muros, a ponte construída por Jesus. O ministério redentor de Jesus, fruto do imenso amor pelo homem, estabeleceu a paz, estabelecendo a unidade, e assim não há muro que resista, caindo estrondosamente por terra, conforme vemos no verso 14 do texto. O verso 16 é maravilhoso: “E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades”. Atentem também para o verso 18: “Porque por Ele ambos (judeus e gentios) temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito.” (grifo nosso).

A cruz de Cristo – o seu sacrifício representa a nossa reconciliação com Deus. O enorme abismo que nos separava do Pai foi superado com a cruz. A ponte da salvação permite que todos, sem nenhuma discriminação, se reconciliem com Deus.

Não por acaso, a cruz é constituída de duas traves. A vertical aponta para o céu, o caminho para Deus. A trave horizontal representa o aspecto universal e humano da dádiva de Cristo. Assim, o seu sacrifício é para todos, eliminando qualquer discriminação. A graça redentora é igualitária para toda a humanidade. Neste aspecto realmente os muros não prevaleceram.

E nos? O que temos construído? Como cristãos, somos imitadores de Cristo. Com freqüência constatamos a enorme dificuldade de construirmos pontes. Inúmeras vezes rejeitamos as pessoas incrédulas, que zombam de Deus e assim nos cansamos de anunciar o precioso Evangelho de Cristo que amou incondicionalmente e por isso derribou toda sorte de muros.

Vamos resistir? Ergamos pontes e alcancemos o mundo.

PONTES OU MUROS?

Na vida podemos escolher entre ser Ponte que une uma margem à outra de um rio, ou ser Muro que separa um território de outro.

Se compararmos, podemos perceber que se formos ponte, iremos unir todas as coisas, que por algum motivo, vivem separadas.

Se formos Muro, estaremos dividindo, marcando espaço, quando poderíamos formar elos, entre mundos em duelos.

Como Ponte, podemos aumentar amizades, fazer elos de ligação, amar com mais intensidade.

Como Muro, aumentamos divisões, isolamentos, deixamos a vida mais solitária.

Sejamos nesta vida, rápida e passageira, Ponte que une, mensageira, elo de ligação, ponte de união, simples... como flor de laranjeira, lançando perfume com notas sublimes, a solitários e sofridos corações, que tanto o mundo reprime.

De nada nos serve sermos Muro, se formos nós mesmos a perder a liberdade.

Sejamos Ponte, ser para os nossos semelhantes, verdadeira fonte de amizade, de união, para alguém que na hora certa conte conosco, para que possamos sentir o amor de Deus no nosso coração.

A escolha é nossa... É minha...
Ser Muro... e ficar sozinho(a)?
Ou Ponte... e ter sempre a alegria da companhia na nossa vida.
Sejamos Ponte na Comunidade,
Ponte na nossa Família,
Ponte da Fraternidade,
Semeando amor em grande quantidade.

SEJAMOS PONTES, DERRUBEMOS OS MUROS.

Marco Antônio
Texto em destaque: Disponível em: http://sementesdepaz.blogs.sapo.pt/1904.html

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