ANDANDO NA LUZ

Texto Bíblico: Salmos 56:13

“[Tu] me livraste da morte e os meus pés de tropeçarem, para que eu ande diante de Deus na luz que ilumina os vivos.”
 

Em devocional anterior, discorremos sobre a luz; o conforto que ela proporciona, a segurança e a relação existente entre luz e vida. Afirmamos que Jesus é a luz do mundo, conforme suas próprias palavras registradas pelo evangelista João. Jesus é a luz do mundo que afasta as trevas do pecado.

O texto em foco (Sl. 56: 13), demonstra o exercício, a ação de alguém que outrora andou em trevas. O texto primeiramente reforça uma intervenção divina. Somente Deus livra da morte. A ação do Criador é de vital importância para o homem, pois Ele vem em socorro à criatura perdida mergulhada nas trevas do pecado.

O texto de Provérbios 4: 18 e 19 registra: “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Em oposição, vejam o versículo 19: “O caminho dos ímpios é como a escuridão: nem conhecem aquilo em que tropeçam.” Analisando a diferença entre estas duas afirmações, entendemos perfeitamente o espírito de gratidão e louvor que o salmista expressa por meio deste Salmo.

Andar na luz é trilhar um caminho que se aperfeiçoa para nós. Ele se mostra claro à medida que nos adaptamos com ele. Jesus curou vários cegos. Imaginem o aprendizado de uma pessoa nestas condições. Eles teriam que se adaptar a esta nova e radiante vida, agraciada pela misericórdia divina que proporciona uma vida de qualidade. Alguém envolto em trevas, agora contempla a luz. Como é bom discernir os caminhos, contemplar a natureza, ver o nascer e o por do sol, conhecer rostos, reatar laços com a esperança em busca de dias mais prósperos.

A Bíblia fala de outro tipo de cegueira, infelizmente, pior do que a cegueira física. Diz um ditado, que “o pior cego é aquele que não quer ver”. É possível isto? Alguém enxergar perfeitamente e assim mesmo ser completamente cego?

No parágrafo anterior, foi dito que a luz pode nos proporcionar distinguir os caminhos que trilhamos. Se em alguma circunstância da vida nos defrontarmos com dois caminhos, precisamos da luz para escolher o caminho correto.

Analisem este texto:

“As pessoas costumam dizer que todos os caminhos levam a Deus, porém, a Bíblia afirma que existe um caminho para o Pai e este é Jesus (Jo. 14: 6)... Cristo é a luz do mundo. Então, Jesus é o Caminho e também é a Luz que ilumina o caminho. Em outras palavras, somente por ele temos acesso ao Pai e podemos ter um relacionamento com Deus.”
 

Nos dias atuais as pessoas até se esforçam para viver de forma correta. Buscam atalhos em esforços humanos, lêem livros de auto-ajuda, correm atrás de filosofias vãs que procuram apontar algum caminho. Porém, como expressa um hino do nosso hinário: “os esforços humanos conduzem a um destino precário”. Uma situação de precariedade é insustentável. Podemos até nos iludir que o que é precário pode atender nossas expectativas, mas a ilusão é passageira, efêmera. A precariedade também reflete uma condição de pobreza. Viver precariamente é estagnar, contentar-se com o pouco, fechar os olhos e não contemplar o próprio interior maculado, manchado. Mas pode ser o inverso: um homem cheio de si; julgando-se rico, abastado, um semi-deus, auto-suficiente, entretanto, inteiramente cego, pobre e nu diante de Deus, imerso numa vida de incertezas e insegurança. A situação inversa - de segurança, de conforto é conquistada somente quando olhamos para Deus. Olhando para Ele, veremos a luz de Cristo brilhar.

Em outro hino vemos uma declaração maravilhosa. Reflitam na poesia:

“Olha para Jesus, contempla Seu rosto de amor;

E verás a luz divinal brilhar, com fulgor resplendente e sem par.”

“Quem segue a Jesus não anda mais na escuridão e viverá eternamente contemplando a Luz no céu”.

“A melhor direção a seguir é pelo caminho iluminado por Cristo.”

Marco Antônio

Textos em destaque extraídos do Devocionário “Pão Diário” 2011

Baseado na Devocional: “Andar na Luz” Kellert, Hans.