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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

JESUS, O PRÍNCIPE DA PAZ


Texto Bíblico: João 14:27
 
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.”
 
A época do nascimento de Jesus foi marcada por conflitos. O império romano dominava o mundo e oprimia Israel. Movimentos de resistência se intensificavam, mas não eram capazes de fazer frente ao poderio do exército romano. A pax romana (expressão latina para "a paz romana") era estabelecida com a imposição do medo.

A paz de Cristo já era anunciada profeta Isaías que dentre as muitas qualificações atribuídas ao Messias, assinalou que Ele seria o Príncipe da Paz. De fato, Cristo constituiu um principado de paz. Vejam o que expressa o profeta Isaías: “Do incremento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto”.

Mas este reino de paz não seria constituído pelo poderio bélico. O Messias não concede a paz como o mundo a estabelece. O versículo em destaque é bem claro: “... a minha paz vos dou, não vo-la dou como a dá o mundo”. A paz de Cristo não provoca inquietação no coração do homem. Ao contrário, ela é um bálsamo extirpando a ansiedade. Ela não produz temor, medo, opressão, mas confiança, esperança e libertação.

Longe de ser assimilada pelos homens a paz que Cristo ofereceu foi rejeitada, mal interpretada. O Messias não recebeu o reconhecimento por parte da humanidade: “Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam”.

Paulo na sua carta aos Filipenses declara que a paz de Deus excede todo o entendimento. Ela foge da compreensão humana. Não podemos mensurá-la. No entanto ela nos acompanha guardando os nossos corações e os nossos sentimentos. Esta paz divina confortou o coração do apóstolo Paulo, produzindo o contentamento necessário independentemente das circunstâncias por ele vividas. Embora o apóstolo tenha oscilado entre momentos de fartura e de necessidade estes ciclos não conseguiram abalar sua confiança em Deus.

Mas o mundo contenta-se com uma paz imperfeita. A paz humana caracteriza-se como a “ausência de guerras”. Vivemos situações paradoxais, pois querendo impor a paz nos envolvemos em constantes contendas. Conflitos criados com a intenção de estabelecer a paz. Como entender isto?

Thomas Hobbes, um filósofo inglês, discorreu sobre o ser humano em seu estado que ele denomina de “natural”. Nesta situação, o homem encontra-se permanentemente em situação de guerra, porque tendo direito a tudo, depara-se com a escassez dos bens e assim, estabelece-se o conflito geral, o constante embate de todos contra todos. A ambição marca a história humana. Grandes impérios se formaram aniquilando outros povos, impondo o medo. O mundo atual não é diferente. A civilização que alcançou incríveis avanços tecnológicos, viajou pelo espaço, venceu enfermidades, é a mesma que desintegrou o átomo e construiu a arma atômica. Einstein chegou a dizer que: Vivemos numa época triste, onde é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”.

Meditem sobre este texto:

“O mundo está marcado pela dor, encharcado de sangue, ferido pela guerra e adoecido pelo ódio. As guerras tornam-se cada vez mais encarniçadas e os homens cada vez mais violentos. Há guerras entre nações e guerras dentro das famílias. Há guerras tribais e guerras religiosas. O homem é um ser em conflito. Seu coração é um campo de batalha. Levantamos monumentos à paz e cada vez mais construímos armas de destruição. Falamos de pás, mas gastamos mais com a guerra. Dizemos que o amor é oxigênio da vida, mas respiramos o ódio.”

Mas eis que surge a esperança:

“Nesse mundo marcado pela violência, Jesus se apresenta como o Príncipe da paz. Ele não veio apenas falar da paz, ele é a paz. Ele veio fazer a paz com o sangue da sua cruz. Ele nos dá paz com Deus, pois perdoa nossos pecados. Ele nos dá a paz de Deus, porque alivia nosso coração da angústia. Ele nos dá paz interior, porque onde Jesus reina, a alegria triunfa sobre a tristeza, o amor prevalece sobre a mágoa e a esperança finca a sua bandeira onde outrora reinava o desespero”.

Natal é a paz de Deus inundando os nossos corações, espantando todo o temor, medo, ansiedade. Neste ano talvez tenhamos passado por momentos de angústia, situações que nos deixaram tristes. Precisamos da paz que vem de Deus. Que ela habite conosco, seja nossa companheira, que seja derramada abundantemente sobre nós como a chuva que cai sobre a terra.
 
Um feliz e abençoado Natal para o mundo.

(Texto em negrito extraído da publicação “Cada Dia – Natal” de Hernandes Dias Lopes, dezembro de 2010)

Marco Antônio

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