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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

CONSOLO E PAZ



Texto Bíblico: João 16

Próximo do fim de seu ministério, Jesus estava ainda mais próximo dos seus discípulos. O tempo era escasso e muitos ensinamentos deveriam ser repassados. Mais do que nunca, os discípulos deveriam estar irmanados e deveriam saber de todas as responsabilidades de aprendizes do Mestre.

Mais do que isso, os discípulos precisariam ser encorajados quanto ao futuro. Muitos deles não avaliavam ainda o enorme preço que pagariam por seguirem os ensinamentos de Jesus.

“Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos amei”.

“Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas; porque eu vou para meu Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho”.

Portanto, estava bem claro o plano de Deus. Cristo se ausentaria da terra, mas em seu lugar ficariam seus discípulos. Porém, não ficariam desamparados, a mercê do mundo insano. Jesus deixa uma promessa alentadora para os seus corações: “Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós”. Mais do que isto, promete um Consolador, o Espírito Santo:

“E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre...”

“Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito”.

A iminente ausência do Mestre deixava os discípulos inseguros. Jesus partindo, indicando o caminho para o Pai, sendo que Ele próprio o Caminho. Os discípulos como alunos inexperientes, demonstram um desconhecimento a respeito do Mestre. Será que os três anos de convivência com Jesus não foram suficientes para convencê-los de sua natureza divina? Será que os inúmeros milagres, as curas prodigiosas, ressurreições e conversões não capazes de extirpar a incredulidade de seus corações? Pois nos momentos mais dramáticos de sua vida, Cristo precisava ainda enfatizar ainda mais a sua autoridade divina.

“Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto.”

Ainda assim, Filipe num apelo dramático, pede ao Mestre: “Mostra-nos o Pai”. E Jesus lhe diz: “Estou tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido? Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?”

Os discípulos, como alunos que não aprenderam a lição de casa, estão agora inseguros diante do professor. A prova é chegada, mas estão com sérias dúvidas. O Mestre, porém, não os desanima. O momento é de encorajamento, de fixar novamente os princípios, de dissipar toda dúvida.

“Aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas; porque eu vou para meu Pai.”

“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.”

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou: não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.”

E quando fores, ó Mestre: seu ensino será o meu conforto, sua vida será o meu norte, seu amor, será o meu amor!

- O mundo me aborrece? O Senhor também foi aborrecido.

- Sofro perseguições; sou injustiçado? O Senhor sofreu imensamente mais.

“Tende bom ânimo, eu venci o mundo” - disse.

- Não sou do mundo, mas preso a uma existência terrena, preciso ser liberto do mal. Santifica-me na verdade - a tua Palavra é a verdade.

Momentos de adeus, horas de tristeza, de desconsolo, de solidão.

A esperança, porém não morre. Olho adiante, para o Autor e Consumador da minha fé; até que possa vê-lo face a face, com o coração repleto de alegria que jamais poderá ser tirada.

Para Refletir: Jesus não nos desampara; não estamos órfãos. Assim como os discípulos, devemos nos estimular para a caminhada da vida cristã lembrando sempre que, embora passemos tribulações, nos reconfortamos diante da vitória de Cristo: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”.

Marco Antônio

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