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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

SALVAÇÃO PELA GRAÇA



Texto Bíblico: Ef. 2: 1-10


Refletir sobre a graça de Deus é um desafio, pois com certeza não a entendemos em toda sua plenitude, assim como não temos a compreensão do caráter de Deus. A Sua graça é uma manifestação de sua natureza, sendo que a Bíblia declara que “Deus é amor”. Assim, adjetivamos esta graça de uma forma a demonstrar nossa perplexidade diante um conceito pouco compreensível ao raciocínio humano. Falamos em “maravilhosa graça”; “assombrosa graça” (esta última designação lembrando o hino cujo título original em inglês é “Amazing grace”).

Lembro-me do meu primeiro contato com o Salmo 139 e às vezes me assustava com estes termos: “Eu te louvarei, porque de um modo assombrosamente maravilhoso fui formado...”. Hoje compreendo que a força das palavras se deve à nossa incompreensão dos intentos divinos, que por ora se mostram incompreensíveis. Entretanto, aguardamos ansiosamente o dia da plena revelação da natureza divina, onde conheceremos Deus face a face.

Assim é a graça divina. Deus nos alcançou quando estávamos desgarrados, fazendo a vontade da carne (v. 3), nos amou, demonstrando sua infindável misericórdia (v. 4) e nos vivificou conforme declara o verso 1. Nos versos 8 e 9, nos encontramos com a graça de Deus: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. Não vem de obras, para que ninguém se glorie”. Estamos diante de um favor imerecido. O homem não pode salvar-se. As obras humanas representam uma vã tentativa de redenção, porém, são consequências, resultados, frutos de vidas renovadas em Cristo Jesus. O verso 7 do capítulo 1 confirma a abundância de graça a nosso favor por meio do sacrifício de Cristo.

Graça é Deus vindo ao encontro do homem. Ela é manifestada na humanidade de Cristo (Jo. 1:14). Deus socorre a humanidade perdida. Nada podíamos fazer; estávamos irremediavelmente perdidos em nossos pecados.

A graça manifesta uma misericórdia infinda. Cristo demonstrou isto durante o seu ministério, tanto no ensino oral como no seu viver cotidiano. Ora é manifestada na atitude de um pai que está sempre esperando a volta de um filho que se perdeu; ou um pastor que sempre está disposto a procurar uma ovelha desgarrada ou ainda no encontro com a mulher adúltera prestes a ser apedrejada. Em meio a tantas mãos prontas para lançar pedras, uma foi suficiente para levantar e restaurar a dignidade da mulher. As mãos de Jesus curaram pessoas: devolveram visão aos cegos; fizeram com que paralíticos andassem; ações que brotam de um coração misericordioso, transbordante de graça. Graça incompreendida e reprovada pelos sábios e doutores. A pseudo-sabedoria humana incapaz de compreender a sabedoria divina. Vejam o texto de Rm. 11:33: “O profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!”.

Noutra ilustração a graça é oferecida como um banquete, uma grande festa franqueada a todos. Cristo nos convida a comer pão no Seu reino: “Bem-aventurado o que comer pão no reino de Deus.” Lc. 14: 15.

Graça... superabundante graça... “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça”. Rm. 6: 1.

Reflita: Assimilemos a graça como um dom de Deus, um favor, porque assim, teremos corações humildes e quebrantados. Nada merecemos, mas fomos alcançados pela misericórdia de Deus. Nada que possamos fazer por esforço próprio poderá nos redimir; somente a graça de Deus nos vivifica.

Marco Antônio R. da Cruz

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