Texto Bíblico: I Pedro 1:16
“Sede santos porque Eu sou santo.”
Tornar-se santo é ação. No versículo, o verbo está no imperativo. Trata-se de uma ordem. Ser santo é adquirir uma vida de renúncia das coisas que desagradam a Deus; separar-se do mundo, do materialismo exacerbado; é elevar-se espiritualmente; alcançar “a medida da estatura completa de Cristo”, como diz o apóstolo Paulo na carta aos efésios.
Entretanto, isto não é um processo fácil. Não se trata de uma simples declaração. Não é também um ato unilateral, embora tenhamos que nos esforçar. O que nos conforta nesta caminhada é a presença divina de Jesus nos ajudando, pois Ele quer que sejamos santos assim como Ele é.
A santificação é imprescindível, não podemos abrir mão dela, sob prejuízo de não gozar da presença de Deus. No livro de Hebreus, temos uma declaração importante e muito mais do que isto, pois é outro imperativo para a vida cristã: “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” Hb. 12:14.
Então, para gozarmos da presença do Senhor em todos os momentos da nossa vida, precisamos trilhar o caminho da santificação. É um processo de crescimento, de lutas, de renúncias. É um abandono do mundo, embora inserido nele. É amar intensamente o mundo espiritual, sem se ausentar da humanidade. É não amar o presente século, mas ter compaixão das pessoas que encontram-se oprimidas, escravizadas pelo pecado que cega, aliena e provoca a morte espiritual.
A Bíblia está repleta de heróis da fé. Pessoas que viveram na presença de Deus. Porém, viveram como nós, tiveram as mesmas dificuldades, trabalharam, enfrentaram as mesmas lutas que travamos no dia a dia. Lutaram para sobreviver, ganhar o pão de cada dia; encararam provações de toda a sorte; sofreram perseguições, mas resistiram bravamente porque enxergavam além; a visão que transcende o natural e vislumbra a glória de Deus. Pessoas que viviam piedosamente, porque primeiramente tiveram um encontro com Deus, se renderam ao propósito divino, se esvaziaram de ambições terrenas e assim foram instrumentalizados para grandes obras.
O amor divino em nossos corações se exterioriza em favor dos outros. Amamos o próximo e nos condoemos com a situação pecaminosa em que o mundo se debate. A oração sacerdotal de Cristo, enquanto intercedia por nós diante de Deus é que não sejamos tirados do mundo, mas que sejamos livres do mal. Santificar é fugir da aparência do mal; ser extremamente crítico quanto às ciladas do inimigo.
Ser santo, portanto, não é viver uma vida de aparência. Ser santo não é tornar-se um semi-deus e postar-se num panteão (templo que os Gregos e os Romanos consagravam a todos os deuses) para ser visto e admirado. Não é preciso também o reconhecimento humano; muito pelo contrário, os primeiros pais da Igreja e muitos outros que testemunharam de Jesus foram duramente reprimidos pela sociedade. Estes não pediram nenhuma glória, nenhum reconhecimento, pois conquistaram o maior galardão, pois, tornaram-se cidadãos do céu.
Ser santo é ser dedicado a Deus. É aprender com Ele na experiência diária, abstendo-se de coisas que não edificam. É crescer em maturidade cristã, no amor fraternal, na compaixão pelo perdido. É desejar ardentemente a paz, aquela que procede de Deus e conforta os nossos corações.
Isto é para todos. É a vontade de Deus para o homem. Ele quer nos proporcionar o melhor.
"Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós” Js. 3:5.
Marco Antônio
(Tema inspirado em devocional do “Pão Diário” - 2011
“Santidade” Marcos Passig)
“Santidade” Marcos Passig)
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